1726 - Em 1726, o padre Francisco da Silva e Almeida, vigário da Matriz do Pilar, protocolou requerimento abaixo-assinado por sessenta e dois procuradores a reivindicar que, os moradores de Ouro Preto necessitavam de um hospital da Misericórdia e se ofereciam “por sua devoção a fazerem a dita casa à sua custa”. Solicitação para o Rei conceder à nova Irmandade os mesmos privilégios de sua congênere em Lisboa.
1733 - Doação do "Palácio Velho" para "Hospital dos Pobres" realizada em testamento pelo minerador português, Capitão Henrique Lopes de Araújo.
1734 - Em 16 de abril de 1734, a Câmara de Vila Rica reenviou o pedido de reconhecimento de Misericórdia na capital. O Rei respondeu em carta dia 23 de outubro, a solicitar declaração dos recursos disponíveis para tal. Os oficiais apontaram, então, o legado do falecido capitão-mor.
1735 - Em agosto de 1735 o Primeiro Provedor, Gomes Freire de Andrade, advertiu que, à revelia do legado administrado pela Câmara, e antes mesmo de o Rei avaliar o pedido de enviado, “se uniram as pessoas zelosas desta vila [e] compraram casas em sítio acomodado em que fizeram Hospital”. (Rua Nova)
1738 - 22 de agosto de 1738: Leitura da carta do governador Gomes Freire, na qual comunicava “a ordem de El Rei por onde nos mandava fazer entrega à Santa Casa do legado de Henrique Lopes de Araújo”. Na mesma sessão, escreveram carta ao Monarca, confirmando o repasse à administração do “Hospital que naquela vila surgiu”, “aprovado pela real grandeza”. Encerrava-se ali a tutela da Câmara sobre os bens de Henrique Lopes, desde então incorporados à recém instituída Santa Casa de Vila Rica.
1752 - Em 1752, provedor e oficiais da Mesa requereram ao Rei a concessão de uma esmola anual destinada a subsidiar o funcionamento do Hospital, que enfrentava situação deficitária.
1757 - Emissão de requerimentos de ajuda expedidos “pela grande decadência de lavra que tem experimentado os rendimentos com que se estabeleceu o hospital”.
Em 1769, o Conde de Valadares denunciou o “pouco rendimento da mesma Misericórdia”, a resultar no estado crítico ou calamitoso de seu hospital.
Dois anos depois, o mesmo governante explicou ao Rei que as rendas da Misericórdia definhavam a cada dia, pois advinham de “um pequeno córrego, donde se extrai ouro, [e] é de tão limitada faisqueira que se arrenda por bem limitada quantia”. A escassez de recursos restringia a capacidade de atendimento do hospital a no máximo oito pacientes por vez, ainda assim com endividamento da Irmandade.
1803 - Em 1803 o governador Pedro Ataíde de Melo pediu relatórios das rendas auferidas pela Misericórdia, a fim de tentar socorrê-la da “necessidade e miséria em que jaz a "desgraçada pobreza desta vila”.
1816 - Registros de pagamento de dívidas oriundas de arrendamentos de terrenos auríferos e de aluguéis de casas situadas no antigo complexo de Henrique Lopes. Em decorrência da notável depreciação dos valores envolvidos, a Misericórdia optou por seccionar o terreno, dividindo-o em pequenos lotes arrendados ou alugados a preços mais baixos.
1998 - Obteve o Selo de hospital Amigo da Criança através de trabalhos de incentivo à amamentação e aos cuidados no fortalecimento do binômio mãe e filho.
2000 - Mudou-se para o prédio localizado na Vila Itacolomy.
2004 - Crise Hospitalar - O hospital passou por uma crise financeira pela falta de recebimentos dos recursos municipais provenientes da prestação de serviços. Houve fechamento das portas para internação.
2005 - Assinatura da Lei Permuta 118/2005 em 17 de Outubro de 2005 pelo então Provedor Targino Guido.
2007 - Recebeu o Alvará da Vigilância Sanitária.
2015 - Em 03 de Junho de 2015 por solicitação do Municício de Ouro Preto, foi realizada uma Intervenção Judicial.
2017 - Foi realizada a interposição de recursos por meio da Irmandade. O recurso foi deferido pelo Desembargador do Estado de Minas Gerais, determinando que a suspensão da Intervenção fosse executada até o dia 26 de Outubro de 2017.
2018 - Criação do Setor Projetos e Doações através do Projeto “Santa Causa” para Captação de Recursos.